domingo, 12 de abril de 2009

Uma revista eletrônica de CRÍTICA de teatro


"QUESTÃO DE CRÍTICA é uma revista eletrônica de crítica de teatro, de periodicidade mensal e - como é próprio do meio em que se encontra - atualização constante. Isto significa que, no início de cada mês, um novo editorial é publicado e novas críticas são publicadas ao longo deste período. O editorial se propõe a trazer também uma escrita crítica, um espaço de reflexão sobre a atividade mesma da revista, com o objetivo de rever as edições passadas e projetar direcionamentos para as edições futuras.
O olhar da revista parte do teatro realizado no Rio de Janeiro e procura, dentro e fora dele, trabalhos de artes cênicas que despertem uma reflexão teórica, que dêem espaço para uma possível negociação de sentidos. Para escolher seus objetos, QUESTÃO DE CRÍTICA busca espetáculos teatrais independentemente do seu posicionamento nos circuitos comerciais estabelecidos, peças universitárias, performances, mostras e festivais. Tendo em vista a diversidade destes objetos, os autores dos textos críticos compõem um conjunto igualmente diverso de colaboradores. Quanto à escrita que se propõe a fazer, ela deve, da mesma forma, ter uma dinâmica de negociação entre críticos e artistas, permitindo-se articular conceitos e propor atravessamentos sem, por causa disso, fechar-se em uma linguagem opaca. A revista pretende, além de exercer a atividade crítica, publicar ensaios e textos traduzidos de outros idiomas que contemplem a questão da crítica, mesmo que de maneira indireta, para assim movimentar as discussões e questionamentos sobre a prática teatral e a prática teórica. Sua dimensão política se configura na abertura mesma deste espaço, na medida em que coloca em cena uma pluralidade de vozes e olhares. Esta estrutura polifônica funciona como um suporte para uma rede de dissensos que coloca em jogo os pensamentos, práticas de produção e poéticas teatrais".
(texto retirado do site da revista)

http://www.questaodecritica.com.br/index.php

Vale muito a pena ver, ler e fazer também. Digo, fazer bem feito. Porque a crítica teatral é algo que vem sendo porcamente realizada aqui em Belo Horizonte. Como andará a situação no RJ, em SP e pelo RESTO do Brasil? Resto é devido a essa separação econômica/cultural/social que há no nosso país. Quisera podermos dizer "resto" sem juízos de valor...
Claro, há sim uns poucos novos críticos de teatro sendo formados - não que haja escola aqui, é questão de conhecimento literário, histórico, político, teórico e bom senso - e que vêm mostrando seus trabalhos de forma interessante. No mais, continuamos com aquilo que já era feito sobre crítica de teatro em Belo Horizonte, e é bem crítico.

E qual a função da CRÍTICA? Será a maledicência? Teria critérios?
Haveria predileção por uma crítica objetiva ou subjetiva? Fazendo uma analogia ao que Rimbaud chamava de poesia objetiva "a que manifesta uma vontade de atuar" e a poesia subjetiva "a que resulta de uma necessidade ou de um prazer". Ou seria mélangé?

Ao escrever no Le peuple souverain 15 nov 1870: "entre os homens de letras que assistiram à representação da peça de Coppée, via-se o poeta Paul Verlaine de braço dado com Mlle Rimbaud, uma encantadora jovem". O que quis Edmond Lepelletier?

Nenhum comentário:

Postar um comentário